quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fim de férias, nova vida.


E pronto, chegou ao fim mais um período de férias. Anda uma pessoa, meses a fio, à espera que elas cheguem e depois ficamos com a sensação que o homem que comanda o relógio do tempo o acelera para que o tic-tac do relógio seja um tictic-tactac, muito mais acelerado.
Parvoíces à parte, estes dias serviram para descansar, física e mentalmente de um ano de trabalho, felizmente, esgotante.
Quando começa o ano civil, temos o hábito de fazer planos e promessas de alteração de hábitos.
Este ano, graças ao empenho dos nossos "desgovernantes", antecipei esse período para o regresso das férias.
Não percebo nada de macroeconomia, mas tenho a impressão que não é asfixiando a maioria dos portugueses com impostos e taxas, que a economia pode progredir. A entrada de dinheiro em casa, é o produto dos nossos trabalhos, meu e da minha mulher, se nos carregam com impostos, não podemos adquirir outros produtos. E a bola começa a rolar cada vez mais descontrolada. Não se compra, as empresas não vendem. Não vendem, fecham. Fecham, mais desemprego. Mais desemprego, menos poder de compra. E por aí adiante.
Com tudo a subir de preço, quer directamente, quer através do aumento dos impostos, não me resta outra alternativa senão modificar, ainda mais, os poucos hábitos gastadores que ainda tinha.
Como diz o Sérgio Godinho na canção: O primeiro dia.
 E enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida:
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!


segunda-feira, 18 de julho de 2011

O virus

Fez na passada semana, mais propriamente no dia 12, um ano, que um vírus resolveu atacar o meu coração. Tentando desta forma levar-me para um lugar que, embora não sabendo como é, ainda não estou interessado em ir.
Felizmente, do ataque não resultaram sequelas físicas, o mesmo não posso dizer da parte psicológica.
Não que tenha ficado obcecado com o acontecido ao ponto de mudar a filosofia de vida. Continuo com o mesmo tipo de alimentação, que já tinha alterado há algum tempo atrás. A beber o meu tinto ao jantar. A frequentar, de quando em vez, uns bares ou outros sítios de diversão. Enfim, o mesmo de sempre.
No entanto, quando começo com tosse, foi assim que começou, entro logo em parafuso e não descanso enquanto não vou ao médico, o que não acontecia anteriormente.
O sucedido, tem-me feito pensar, e tentar alterar, certas prioridades que devemos ter na vida. Não entrei numa onda de “paz e amor para todos”, no entanto tenho tentado alterar certas abordagens que fazia das mais diversas situações.
Muitas vezes damos demasiada importância a acontecimentos e pessoas que não as merecem.
Ainda não consegui reordenar tudo, mas continuo a tentar.






quinta-feira, 23 de junho de 2011

Convivio do 10 de Junho da CTMG

Como tem sido hábito nestes últimos 8 anos, alguns dos tramagalenses radicados na Marinha Grande, reuniram-se, no dia 10 deste mês, para um dia de convívio.
Este ano, contámos novamente com o presidente da junta de freguesia do Tramagal e, pela primeira vez, com um representante da junta de freguesia da Marinha Grande. A secretária, em virtude do presidente já ter outro compromisso.
O dia 10 foi escolhido por ser o dia de Portugal e das Comunidades. Uma comunidade, é um conjunto de pessoas com algo em comum, no nosso caso, o sermos oriundos de Tramagal.
Se nos primeiros anos o entusiasmo e a participação eram grandes, temos registado um cada vez menor número de participantes. Este ano então, se não fossem os familiares e amigos “estrangeiros”, teríamos sido pouco mais de 20.
Esta situação faz com que entre num ciclo vicioso. Como são quase sempre os mesmos, não há diversificação nas comissões encarregues de organizar o convívio seguinte. Consequência disso, o que devia ser um encontro abrangente da CTMG, mais de uma centena, tem se vindo a tornar num encontro de quatro ou cinco famílias.
Não é fácil dar a volta a isto, cada vez mais as pessoas tendem a não sair das suas rotinas. Os que nunca foram, poderão sentir-se, passados estes anos, um pouco à parte. “Nunca fui e agora apareço lá após estes anos”, é uma expressão que eu já ouvi de alguém, quando lhe perguntei o porquê de não ir. Pode ser uma desculpa, mas também poderá haver esse sentimento.
Teremos todos, comissão e os restantes, de fazer um esforço para sensibilizarmos os demais membros da CTMG a comparecerem aos encontros.
Dinamizar um pouco o dia talvez seja também uma forma de cativar mais tramagalenses. Um passeio de bicicleta, ou pedestre, matinal. Um jogo de futebol. Uma visita ao museu do vidro, onde muitos (inclusive eu) ainda não foram. Ou outras iniciativas poderão ajudar.
Da minha parte haverá sempre, sendo ou não da comissão organizadora, disponibilidade para ajudar.
A minha presença estará sempre garantida, salvo por motivos de força maior.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Viragem à direita

No Domingo, a maioria dos portugueses e portuguesas com mais de 18 anos, escolheram ser governados por entidades exteriores e dar a maioria a uma coligação PSD/CDS.
Em democracia é assim, quem tem a maioria dos votos, governa. Não concordo com a escolha dos meus compatriotas, mas aceito-a democraticamente.
No entanto, tenho alguns considerandos a fazer.
Em conversa com alguns colegas de trabalho, fiquei deveras surpreendido por eles terem votado PSD. Passam a vida a dizer que cada vez pagam mais pelos medicamentos, que já estão cansados de trabalhar e não vêm a hora da reforma, que os filhos não conseguem estar muito tempo num emprego (porque os patrões não querem fazer contratos sem termo) e depois vão votar num partido que afirmou que tem de haver uma maior flexibilização laboral, que as rescisões dos contratos têm de ser mais simples e menos onerosas para o patronato. Que a idade da reforma tem de aumentar 2 ou 3 anos. Que a comparticipação do estado na saúde tem de baixar.
Também fiquei surpreso com a votação na Marinha Grande, num concelho em que cada vez se trabalha mais por menos dinheiro, situação imposta pelos patrões, e onde há uma grande fatia dos trabalhadores que são temporários, o PSD ficou em segundo lugar.
Teria sempre de haver sacrifícios para quase todos nós, fruto da desgovernação dos últimos anos. Mas uma situação é haver uma implementação de medidas com uma oposição forte e que consiga travar, ou suavizar, algumas. Outra, a existente, é o país ser entregue a partidos que defendem a liberalização da economia e a privatização de áreas onde o estado é o garante de uma maior equidade nos serviços prestados.
Estou muito pessimista quanto ao futuro imediato da classe média, onde me incluo, mas a única opção que tenho é seguir em frente e procurar formas de ultrapassar a situação, por mim e pela minha família.
Ninguém se vai preocupar comigo, se consigo pagar a casa, os estudos da minha filha ou os nossos medicamentos. Por isso, a partir de agora é cada um por si.
Não atropelo ninguém mas não vou permitir que me atropelem a mim e aos meus.
Amigos amigos, mas cada um que zele pelos seus.

domingo, 5 de junho de 2011

Dia do juizo

Hoje, 5 de Junho de 2011, é dia de votar.
Quem quiser, é claro. Não sou como o sr. Silva que veio ameaçar com o inferno, aqueles que em consciência, ou simplesmente por não lhes apetecer, decidam não pôr os pés numa assembleia de voto.
Se querem eliminar a abstenção, façam como em muitos países e tornem o voto obrigatório. Não que  eu concorde com essa lei, mas também não ando a dizer que as pessoas têm de votar. As pessoas podem fazer o que a lei lhes permite.
As principais opções não me agradam.
O PS, com José Sócrates na liderança, é mais do mesmo. Uma rebaldaria total de ideias que vão mudando ao sabor dos interesses de ocasião. Um troca tintas que é capaz de afirmar que não foi ele que disse o que disse mas sim que os outros é que disseram o que ele nunca disse. Brrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!
O PSD, com Pedro Passos Coelho (o homem de Massamá), é um aspirante a PS. Querem é chegar ao poder a qualquer custo. Quem sabe para fazer o mesmo que da última vez que lá estiveram e conseguirem um lugar europeu para o líder abandonar o país. Ideias, ZERO.
O CDS/PP, de Paulo Portas, é como o nome indica um partido popular. Ou seja, interessa é ser popular. Na feira é feirante, no campo é agricultor, no mar é pescador, na banca é banqueiro. Quer é mama, sem se importar com o parceiro na teta.
O PCP (CDU), com o "metalúrgico" Jerónimo de Sousa, é o mesmo de sempre. Embora reconheça justeza nas suas convicções penso que já não estão em sintonia com os tempos que correm.
O BE, liderado por Francisco Louçã, tem-me desiludido. Foi uma lufada de ar fresco na politica portuguesa mas tem-se institucionalizando.com o passar das legislatura. Mesmo assim é aquele com que mais me identifico, tirando a parte dos funcionários públicos.
Todos os outros que só emergem quando há eleições não me dizem nada.
Existe a hipótese de votar em branco, o que considerei seriamente. Mas penso que o importante será dar força àqueles com quem me identifico mais.
Por isso já decidi e vou continuar a votar no BE.
Logo à noite se verá o que o povo lusitano escolheu, para o bem e para o mal.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Greve na CP e na TAP

"Greve da CP pára comboios em quase todo o país esta segunda-feira"

Greve na TAP ameaça deixar em terra 320 mil passageiros 

                           

Por princípio sou favorável ao uso do direito à greve como forma de pressão sobre as administrações das empresas na luta por melhores condições.
Existem no entanto situações em que o bom senso e a consciência geral devem prevalecer sobre os interesses corporativos.
Serve isto para dizer que não compreendo a atitude dos trabalhadores destas duas empresas. Duas, das que mais prejuízo têm anualmente e continuadamente.
Não querer abdicar de algumas regalias, monetárias ou outras, no contexto em que o país está, é olhar só para o seu umbigo.
No sector privado estas duas empresas já tinham fechado portas há muitos anos. Concordo, que os transportes têm de ter uma vertente pública, e o apoio do estado, dada a sua especificidade.
Só que há boleia dessa vertente estratégica, acumularam regalias que ajudaram a criar um enorme buraco financeiro.
Falo mais da CP, com conhecimento de causa. Durante anos, um tio meu trabalhou na CP, mais tarde foram dois, e em casa dos meus avós toda a gente tinha direito a andar milhares de quilómetros (salvo erro 4000) sem pagar um centavo. Era usual numa carruagem cheia, só meia-dúzia de pessoas pagarem bilhete.
Podem argumentar que os dirigentes das empresas têm ordenados chorudos, então denunciem esse facto constantemente. Ao afundar ainda mais, empresas que são sorvedoras dos dinheiros públicos, é prejudicar todos os contribuintes.
Eu também tive cortes no vencimento em mais de 10%. Tive de me adaptar e reformular o meu estilo de vida, mas sem prejudicar os outros. E mais estou no sector privado.
À boa maneira portuguesa, achamos que toda a gente deve ajudar o país a sair desta situação. Desde que não mexam no meu bolso.

NÃO PODE SER.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Uma multa

Há dias, recebi em casa uma multa onde era descrito que no dia tal (há cerca de dois meses) ás X horas, um carro, que está em meu nome, tinha passado um sinal vermelho no cruzamento da Av. Y com a Rua W.

Tendo sido visto a cometer essa infracção pelo agente H.

Não ponho em causa que meu carro estivesse aquela hora naquele local, até porque é sensivelmente a hora em que a minha esposa (que por norma conduz o carro em questão) passa nesse cruzamento. Também não afianço, nem ela, que não tenha sido cometida a infracção em causa. Todos nós, pelo menos uma vez já passámos no “laranja”, que é aquela situação em que está amarelo, mas que pode ser que ainda dê para passar antes de mudar para o vermelho.

Mas ponho em causa a legalidade de um agente da autoridade, que certamente já estava fora de serviço (senão vinha o nome dos elementos da patrulha), não mandar parar o carro e escrever que viu a infracção. Não chamar a pessoa à esquadra no dia seguinte e ser enviada para casa, sem qualquer prova associada, a multa. PASSADOS DOIS MESES.

Pode-se dar o caso de o homem, ou a mulher, virem mal dispostos e descarregarem sobre um qualquer utilizador da via pública. Ou saírem de um petisco com os amigos e para mostrarem que são a autoridade escolherem um carro ao acaso e multá-lo.

Eu tinha a opção de não pagar e contestar a multa, é verdade. E o tempo que iria perder com isso? E o dinheiro que isso me iria custar?

Assim, meti o rabo entre as pernas e paguei a multa.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Corvina no forno

Como tenho a presunção de ter alguns dotes culinários, costumo aventurar-me em receitas diferentes.
Há uns Domingos atrás resolvi dar um novo ar à corvina quando assada no forno.
Para quem quizer experimentar, cá vai a receita:


1 Corvina com cerca de 1.5Kg
1 Limão
1 Kg de batatas pequenas para assar
Coentros
Sal
5 Dentes de alho
Pimenta preta
Colorau
1 Cebola média
Azeite
Vinho Branco

Preparação:
Ao comprar a Corvina mandar limpar, escamar e escalar. Abrir a Corvina e barrá-la por dentro com sal, alho (esmagado ou moído) e pimenta.
Cortar o limão às rodelas e dispô-las ao longo do peixe. Picar os coentros e polvilhar conforme o gosto. Fechar a Corvina, metê-la num tabuleiro e regá-la com um fio de azeite.
Lavar bem as batatas, ou descascá-las caso tenham a pele grossa. Dar um golpe em cada uma.
Temperar com sal, pimenta, colorau, alho e algum azeite. Misturar bem e reservar cerca de ½ hora.
Dispor as batatas no tabuleiro à volta do peixe.
Cortar a cebola às rodelas e espalhar por cima do preparado.
Deitar o vinho no tabuleiro de maneira a cobrir o fundo.

Pré aquecer o forno a 220cº e levar ao forno a meia altura.
Assar cerca de 1hora.

Polvilhar com coentros frescos e acompanhar com uma salada e um tinto da região.

Bom apetite e diga o que achou da ideia. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Mãe

Ontem foi o teu dia.
Partiste já lá vão 16 anos, mas no meu coração continuas viva.
Foste ainda nova e com muito para viver e conhecer.
Não chegaste a conhecer a tua neta mas eu falo com ela sobre ti para que mesmo sem te conhecer ela sinta o quanto tu a terias amado se a tua vida não fosse interrompida antes de a dela ter começado.
Foi a ti que fui buscar forças quando tudo parecia perdido.
Não consigo escrever mais, as lágrimas toldam-me a vista e o coração aperta de tristeza.
Um dia voltaremo-nos a encontar e reencontrarei no teu colo o conforto que perdi no dia 2 de Novembro de 1994.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Até um dia Pirica

Na semana que passou, mais um dos meus colegas de juventude partiu deste mundo.
As circunstâncias da vida fizeram com que há alguns anos que não se encontrássemos. No entanto fui tendo notícias dele através de amigos comuns com quem falava nas minhas idas a Tramagal.
As várias doenças foram-no debilitando cada vez mais e o seu sofrimento era atroz, ao ponto de a mãe me dizer que assim deixou de sofrer. Para uma mãe dizer isto é preciso que as dores da vida sejam inimaginaveis. 
Recordo as tardes passadas a esculpir madeira e a fazer outro tipo de artesanato que depois tentávamos vender e assim conseguir algum dinheiro para umas cervejas.
As tardes e as noites a ouvirmos música no meu gravador.
Aquele Verão, quando fomos trabalhar para a adega de Tramagal.
As discussões noite dentro.
As maluqueiras próprias da idade.
Tudo isto, e muito mais, tem passado pela minha cabeça desde que recebi a triste noticia.
O meu coração sangra enquanto escrevo estas palavras, mas não quis deixar de prestar esta homenagem a alguém que partilhou uma fase importante da minha vida. 

Despeço-me de ti com um até um dia, ficarás para sempre na minha memória.

Asta la vista, PIRICA.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jogos de infãncia


Este fim de semana tive mais um regresso ao passado quando fui a Tramagal e em casa dos meus sogros estavam dois conjuntos de um jogo de bolas que eu jogava na infância.
Muitas vezes os pulsos abertos, as mãos cheias de nódoas negras e as norsas esfoladas.
Mas eram tardes inteiras de divertimento e convivio entre amigos para ver quem conseguia estar mais tempo a bater as bolas.
Não me lembro é do nome do jogo, acho que lhe chamava-mos simplesmente "as bolas"

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Fernando pouco Nobre

Fui ontem surpreendido pela noticia que dava conta da integração de Fernando "pouco" Nobre nas listas do PSD à Assembleia da República.
E eu que estive quase a votar nele para a Presidência da República, as voltas que o meu intestino não estaria agora a dar, tal a revolta.
Então o homem apoia Mário Soares nas eleições de 2005, apoia o BE para as europeias, candidata-se como independente a presidente de Portugal, define-se como apartidário, disse à cerca de um mês que não aceitaria cargos partidários ou governativos, e agora, não só concorre pelo PSD, como é cabeça de lista e candidato a presidente da assembleia da república.
De nobre só tem o nome.
Como estarão muitos daqueles que viam nele uma pessoa que poderia trazer uma lufada de ar fresco ao podre mundo da política? Se fosse eu estaria possesso.

Como diria o outro: carneiro amigo, andamos todos ao mesmo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Adeus ao futebol

Foi encontrado no Domingo, o novo campeão da Liga de Futebol Profissional, o FCPorto.
Se acerca de um ano andava todo contente por ter sido o meu clube, o SLBenfica, a conquistá-lo, este ano serão os adeptos do FCP a fazer a festa.
Tudo normal, não fosse o estado de guerrilha que se instalou no futebol português, não em todo, como é lógico, mas no mais mediático.
O estado a que a rivalidade, que devia ser saudável, entre o SLB e o FCP chegou, ultrapassa todos os limites do razoável.
Apedrejamentos a autocarros, actos de vandalismo a “casas” dos clubes noutras cidades, batalhas campais entre adeptos, entre outras coisas, são actos que eu repudio e que em nada dignificam o futebol, os clubes e o país.
Quanto a mim, os principais responsáveis são os dirigentes dos dois clubes. Sabendo que a tribo do futebol por norma é fanática e cegamente dedicada ao seu clube, não se privam de alimentar picardias com comunicados e declarações que só servem para atear uma fogueira já de si explosiva.
Também a comunicação social tem as suas responsabilidades. Para ganharem audiências não têm problemas em repetir vezes sem conta, uma jogada ou uma situação mais dúbia, em vez de enaltecer as boas jogadas e, o objectivo último do futebol, os golos.
Por ultimo, e como não podia deixar de ser, os seguidores do futebol, que descarregam as suas frustrações em cada jogo que assistem. Chamando nomes aos árbitros, aos jogadores contrários, e aos da própria equipa, e não se cansando de provocar os adeptos contrários.
Claro que também já chamei nomes aos árbitros e também já entrei na histeria colectiva de uma massa de adeptos, no entanto tenho os meus limites e cheguei à conclusão que o meu chegou.
Estou farto, para mim o futebol em Portugal deixou de ter interesse. Enquanto existir esta este clima de crispação extrema entre os dirigentes, não vou ligar mais a este desporto que certas pessoas querem transformar numa guerra.
Espero que não seja preciso morrer ninguém para que os responsáveis, todos, metam a mão na consciência.
EU, ESTOU FORA.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Portugal x Chile

A selecção nacional de futebol voltou a jogar no estádio Magalhães Pessoa em Leiria. Um jogo particular com a sua congénere do Chile, na noite de Sábado. Mesmo com chuva ainda houve cerca de 11000 almas que se deslocaram a Leiria para ver o jogo.
A federação de futebol também não fez nada para que lá fosse mais gente, antes pelo contrário. Quem é que teria sido o iluminado que, nesta altura do campeonato, resolveu meter os preços dos bilhetes a 10€, 15€ e 30€?
O português gosta de futebol e faz muitas vezes sacrifícios para ver os seus ídolos a jogar, mas tudo tem um limite. Defendo à muito tempo que é preferível meter os preços mais baratos, havia mais assistência e por consequência, um maior apoio à equipa de todos nós. Muitos colegas meus, e eu próprio, comentámos esse facto. Se os preços fossem a 5€, como já aconteceu em anos anteriores, juntava-se a família e ia-se passar a noite de Sábado a ver futebol, mesmo um jogo treino. Mas os pensadores é que sabem o que é melhor, ou não.
Quanto ao jogo em si, foi um bocado fraquinho. A primeira parte ainda teve momentos de bom futebol, com jogadas bem construídas e golos. Um para cada equipa, sendo que o que Portugal sofreu resultou de um livre a meio-campo e onde o Rui Patrício não está isento de culpas.
Já a segunda parte foi um autêntico marasmo, dando razão aqueles que optaram por ficar em casa. As várias substituições cortaram um pouco o ritmo do jogo, mas não justifica a falta de empenho daqueles que entraram. O público pagante merece mais respeito por parte dos jogadores que só têm o estatuto de estrelas e os rendimentos que auferem devido aos espectadores que vão aos estádios.
Gostaria de dizer que amanhã com a Finlândia deverá ser diferente mas não acredito, vai ser outra vez uma seca de jogo. Oxalá me engane.

sábado, 26 de março de 2011

E agora?

Salgueiro Maia quando reuniu as tropas para marcharem sobre Lisboa na Madrugada do dia 25 de Abril de 1974, disse: " Há os estados capitalistas, os estados comunistas e o estado a que este país chegou".
Assim estamos agora passados quase 37 anos dessa data.
Este governo tinha na arrogância o seu principal defeito, pois apesar de errar constantemente nas previsões económicas nunca quis admitir o fracasso. Errar não é defeito, defeito é não assumir o erro. Vamos a ver o próximo.
Não alinho na euforia de muitos dos meus compatriotas. Não por pensar que Sócrates tenha sido um bom 1º ministro, nem nunca votei nele, mas porque não vejo no partido que terá mais hipóteses de ganhar as eleições antecipadas grandes diferenças, nem pequenas, em relação PS.
As eleições nunca são más, nem nunca vêm em má altura, coisa que o PSD demorou ou não o quis perceber. Eu penso que foi mais por interesses mesquinhos do que por outra razão.
Como pessoa leiga mas tentando estar informado, tenho tentado perceber as implicações na economia desta situação politica.
Na ordem do dia, está a intervenção, ou não, do FMI ou do Fundo de Resgate Europeu. Infelizmente muita gente fala mas esclarece pouco. Por aquilo que me apercebo, se calhar não é tão mau como pintam.
Eles emprestam o dinheiro e depois querem vê-lo bem aplicado, para isso tomam várias medidas:
Subida dos impostos. Mas isso não está já a acontecer e com promessa de subirem mais?
Controlo das contas públicas. Isso é mau?
Congelamento de salários. O meu está congelado há uns anos.
Perca de soberania. Qual soberania?
Parafraseando o palhaço Tiririca, “pior do que está não fica”

terça-feira, 22 de março de 2011

O que fazer?

Vivem-se hoje os tempos do vale tudo.
Os nossos governantes, desgovernam o país e ainda têm a lata de nos dizer, que os culpados de o país se afundar será nossa se não aceitarmos com cara alegre o saque que todos os dias fazem à nossa carteira.
Os pretendentes a governantes, estão mais preocupados com os seus umbigos do que com os portugueses, com quem eles dizem estar muito preocupados. Sim, porque se afirmam constantemente que o governo está a levar o país para o abismo, que os ministros são incompetentes, que eles é que sabem o caminho a seguir e, tendo a hipótese de mudar, deixam tudo na mesma, é porque se estão nas tintas para a população.
Os gestores das empresas públicas enchem-se de regalias enquanto cortam nas benesses dos trabalhadores. E ainda vêm dizer, com uma tremenda cara de pau, que para o trabalho que desenvolvem são mal remunerados.
Perante este estado do país, qual o caminho que uma pessoa pode tomar?
Entrar no laxismo e no deixa andar, criticar tudo e todos, fazendo exactamente o mesmo?
Penso que não devo ir por aí. Uma atitude equilibrada será o mais acertado, até porque não posso defraudar as expectativas e esperanças de quem depende de mim (a minha filha) e de quem comigo partilha a aventura da vida.
A empresa onde trabalho está com um volume de trabalho elevado, o mesmo não aconteceu no primeiro semestre de 2010, e é-nos “pedido” para fazer horas extras. Apesar de a remuneração dessas horas não ser o que a lei exige, eu tenho que as fazer. Por um lado, para tentar não baixar mais ainda o nosso nível de vida, porque os rendimentos diminuíram mas os custos gerais aumentaram sobremaneira. Por outro lado, é daqui que eu levo o meu ordenado e se os prazos não forem cumpridos entra-se numa espiral de decadência da empresa. Não posso também, deixar na mão, um empresário que durante o tempo em que não havia trabalho nunca faltou com o ordenado a tempo e horas. É o único, ente os dirigentes, que me merece respeito.
Atitude crítica mas construtiva, é o caminho a seguir para erguer o país.
Pronto, já tive mais uma dose de mentalização para o longo mês que se avizinha.

domingo, 13 de março de 2011

Um presidente da república é menos importante que um referendo?

Foi empossado no passado dia 9 para um segundo mandato na presidência da república portuguesa, o cidadão Anibal Cavaco Silva. Foi o vencedor das eleições realizadas no dia 23 de Janeiro com 52.94% dos votos. Segundo a lei eleitoral, um candidato que obtenha 50% dos votos +1, é eleito à primeira volta. Tem lógica, se consegue mais votos que todos os outros candidatos juntos, deve ser declarado vencedor.
Logo aqui, há uma questão com a qual eu não concordo, é que os votos em branco não entram para estas contas. Mas se um cidadão/ã se desloca a uma mesa de voto para exercer o seu dever cívico e diz que não quer nenhuma das opções que lhe são apresentadas, qual a razão para a sua opinião não ser levada em conta?
Para além disso, tal como já tinha acontecido aquando das eleições em que Jorge Sampaio foi eleito para um segundo mandato, a abstenção ultrapassou os 50%, mais precisamente 53.7%. Mas o resultado contou na mesma.
No entanto, há votações que só são vinculativas, ou seja, só têm força de lei se a abstenção for inferior a 50%. É o caso dos referendos, não importando a matéria a referendar ou se é local, regional ou nacional.
Isto quer dizer que é mais importante uma votação para decidir se um polidesportivo pode ser construído nas traseiras do salão paroquial, como aconteceu em 1999, em Viana do Castelo, ou se, como o que realizou em Tavira também em 1999, se deve ou não demolir um reservatório de água, do que a eleição do mais alto magistrado da nação.
Vamos ter assim, um presidente relativo e não vinculativo nos próximos 5 anos.
É este o país que temos!!!!!

terça-feira, 8 de março de 2011

Os Homens da Luta e o festival da canção

Este ano, todo um Portugal viu o festival da canção que a RTP organiza todos os anos. Pelo menos é o que eu depreendo das reacções que fui ouvindo e lendo nos diversos lugares. Eu não vi, por isso só posso falar sobre os ditos e os escritos que os jornais, as TVs e as rádios publicaram.
Desde logo fico com a impressão que este FC (Festival da Canção) vai, ao contrário, dos últimos anos, ficar na memória das pessoas. Quem é que se lembra do nome do vencedor do último ano, e do anterior, e do outro antes, e,e,e,e, ninguém. Quer dizer, os que o ganharam não se vão esquecer, mas pouco mais.
Tivemos também, mais, uma prova de que a democracia é uma prática (mais do que uma palavra) a que muitos portugueses ainda não se habituaram. Abandonar a sala onde se realizava o FC a assobiar e a barafustar só porque não foi o nosso preferido que ganhou, revela a inveja e a falta de cultura democrática dessas pessoas.
Provou-se mais uma vez que quando “o povo, pá” é chamado a pronunciar-se sobre alguma matéria, os “especialistas” saem sempre com um grande melão. Seja por revolta, por diferença de opinião ou por teimosia, “o povo, pá” mostra que sabe e quer ser ele a decidir os destinos. Para o bem e para o mal.
É vê-los, aos “especialistas e comentadores”, virem no outro dia, ainda cheios de azia, chamar todos os nomes aos portugueses que tiveram a ousadia de ter opinião. Deve ser de terem ouvido os pais a criticar quando a Simone ganhou com a Desfolhada, ou quando o Fernando Tordo venceu com A Tourada.
Pior figura do aquela que temos feito ao longo destes anos deve ser difícil e pelo menos a RTP já garantiu uma grande audiência quando se realizar o FC a nível europeu, este ano será em Dusseldorf na Alemanha, eu pelo menos vou voltar aos tempos de criança e ficar a vê-lo.
Dá-lhe Falâncio.........

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A ponte de Constância

Desde Julho de 2010 que a ponte sobre o rio Tejo que liga Constância sul a Constância norte se encontra encerrada para obras de requalificação.
Se é verdade que todas as infra-estruturas necessitam de manutenções e reparações, também não deixa de ser verdade que estas devem ser previstas e programadas atempadamente. Assim, tudo devia estar preparado para que as obras se iniciassem no dia a seguir ao seu encerramento.
Mas neste país é tudo feito em cima do joelho, não há planificação e desde Julho que esta situação se mantém.
Segundo as últimas noticias, aponte reabrirá ainda este mês. Condicionada a ligeiros, viaturas de emergência e transporte escolar. Não é o ideal, mas é o que se pode arranjar para agora.
As obras mais profundas deverão estender-se por 18 meses, sendo feitas preferencialmente à noite e nos períodos de menor tráfego. Estas obras deverão prolongar a vida da ponte por mais 50 anos.
Até à reabertura da ponte só me resta ir vendo este pequeno vídeo que fiz à algum tempo.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Piódão

Portugal tem encantos que eu cada vez mais, tenho gosto de descobrir.
Este fim-de-semana tive mais uma prova de que temos um país magnífico em termos paisagísticos e histórico-patrimoniais.
Acompanhados de outro casal, fomos visitar uma aldeia na Serra do Açor, Piódão.
Sempre pelo meio da serra, depois de Pombal, fomos admirando a verdejante flora e as magnificas paisagens que a serra da Lousã nos proporciona.
Chegados a Piódão, em nada as minhas expectativas ficaram defraudadas, antes pelo contrário.
A primeira imagem que fica é a de que chegámos a uma aldeia de brincar em ponto grande. As suas casas em xisto, encavalitadas umas nas outras, as ruas estreitas e empedradas, o silêncio, dão-nos uma sensação de fragilidade e damos por nós a andar com muito cuidado para não quebrar nada.
As casas estão dispostas ao logo da encosta e abrigadas dos ventos, numa disposição tipicamente medieval.
Despertou-nos a curiosidade, a cor, azul-magrebino, com que estão pintadas as portas e os frisos das janelas. Foi-nos então dito que dado isolamento da aldeia e a dificuldade de acessos só havia tinta desta cor na única loja da povoação, assim todas as casas ficaram iguais.
O nome original não era este mas sim Casal de Piodam (povo que anda a pé) e a povoação só conseguiu prevalecer devido à tenacidade da população que foi criando condições par sobreviver, vivendo da agricultura (mel, azeite, centeio, milho), pecuária, da exploração do carvão e das minas de volfrâmio.
Hoje, a aldeia vive praticamente do turismo, com duas ou três pensões, aluguer de quartos e a estalagem do INATEL (onde ficámos) a proporcionarem aos visitantes locais de pernoita.
As áreas envolventes (Paisagem Protegida da Serra do Açor) e a gastronomia (queijos, enchidos, licores) são outras das atracções de Piódão.
Para mim no entanto o que mais ficou, para além de tudo o que disse até agora, foi o som do silêncio e a calma que nos transmite o correr dos riachos pelas encostas circundantes. Abrir a janela da estalagem e o único som que a noite produz ser o da natureza é algo que vai ficar na minha memória por muito tempo.
Recomendo vivamente uma visista a este local fabuloso.
Quem tiver interesse em ver mais algumas fotos, pode fazê-lo em:
 http://www.facebook.com/album.php?aid=58408&id=100000477300287&l=05d6d57175

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

São Valentim

O dia dos namorados é por definição o dia da exaltação do amor, dedicado a S. Valentim, que diz a história, continuou a realizar casamentos, apesar da proibição do imperador Claudio II. Foi descoberto, preso e condenado à morte. Durante o cativeiro, conheceu a filha (invisual) do carcereiro e os dois apaixonaram-se perdidamente. O amor dos dois acabou por curá-la da sua cegueira. O bispo no entanto acabaria por ser decapitado em Fevereiro de 270.
 No entanto ao longo dos anos o espírito do dia tem se vindo a alterar.
De um dia em que os namorados puxavam pela imaginação para surpreender aquela que amam passou-se para a situação em que a escolha está entre uma almofada a dizer I Love You ou dois ursinhos a dizer I Love You.
Mais uma vez a massificação e a pressão consumista dos agentes económicos, estraga um dia que se pretende espontâneo e íntimo.
A pressão da sociedade consumista, fez também com que se alargasse o leque de potenciais clientes. O dia dos namorados, no meu ponto de vista, será para ser celebrado por jovens (ou menos jovens) casais apaixonados. Não por casados, crianças da primária ou idosos em lares.
Os casados, onde eu me incluo, têm o seu dia próprio, o do casamento.
As crianças, desde que meta chupa-chupas ou chocolates, para elas está tudo bem.
Os idosos, muitos já nem se lembram o que era namorar.
Desde manhã que na rádio e na TV não falam de outra coisa, tentando criar uma sensação de culpa aqueles que se desinteressam pelo dia e não deixando que os mais distraídos se esqueçam de comprar qualquer coisa. Geralmente lá vai a famosa almofada, ou os ursinhos, ou a caneca, ou uma chinesice de última hora antes de entrar em casa.
A ideia com que fico, é que hoje em dia as efemérides são prensadas e ensacadas para serem consumidas como enchidos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Egipcios

Ontem comecei o meu blog depois de algum tempo de preparação. Escolhi, não por uma razão especial, o tema da revolta popular que está a acontecer no Egipto. Um curto post só para baptizar o blog.
Hoje, temos a noticia, de que a pricipal reivindicação dos homens e mulheres que por todo o Egipto, mas simbólicamente na praça Tahrir, se concretizou. O Hosni Mubarak saiu da presidência do país.
Não vai ser fácil a transição para um regime democrático, irão aparecer os falsos profetas, mas este feito já ninguém lhes pode tirar.
Os jovens egipcios mostraram ao mundo e particularmente aos jovens de todos os paises que conseguem fazer com que o mundo vire para uma sociedade mais equatitativa.
O meu muito obrigado por mostrarem que é possivel.
Cartoon de Rodrigo no Expresso

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Egipcios


Os egipcios voltaram a honrar os seus antepassados, desafiando o poder instituido à 30 anos.
Pacificamente, sendo inclusivé atacados, permanecem à duas semanas com pé firme, na defesa do que consideram justo.
Sem bases para tecer grandes considerações, só posso aplaudir o esforço que aquelas pessoas estão a fazer por si e por os outros milhões de compatriotas.
Quem sabe se ............................

O porquê de um blog.

No nosso quotidiano deparamo-nos com as mais variadas situações. Divertidas, tristes, espantosas, banais, etc., etc..
Este espaço, criei-o para  poder "descarregar" a vinha visão do que nos rodeia.
A vida política, o desporto, a vida em sociedade, o mundo, a música, eu, são os assuntos sobre os quais vou escrever neste blog.
Vamos ver o que dá.