segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

São Valentim

O dia dos namorados é por definição o dia da exaltação do amor, dedicado a S. Valentim, que diz a história, continuou a realizar casamentos, apesar da proibição do imperador Claudio II. Foi descoberto, preso e condenado à morte. Durante o cativeiro, conheceu a filha (invisual) do carcereiro e os dois apaixonaram-se perdidamente. O amor dos dois acabou por curá-la da sua cegueira. O bispo no entanto acabaria por ser decapitado em Fevereiro de 270.
 No entanto ao longo dos anos o espírito do dia tem se vindo a alterar.
De um dia em que os namorados puxavam pela imaginação para surpreender aquela que amam passou-se para a situação em que a escolha está entre uma almofada a dizer I Love You ou dois ursinhos a dizer I Love You.
Mais uma vez a massificação e a pressão consumista dos agentes económicos, estraga um dia que se pretende espontâneo e íntimo.
A pressão da sociedade consumista, fez também com que se alargasse o leque de potenciais clientes. O dia dos namorados, no meu ponto de vista, será para ser celebrado por jovens (ou menos jovens) casais apaixonados. Não por casados, crianças da primária ou idosos em lares.
Os casados, onde eu me incluo, têm o seu dia próprio, o do casamento.
As crianças, desde que meta chupa-chupas ou chocolates, para elas está tudo bem.
Os idosos, muitos já nem se lembram o que era namorar.
Desde manhã que na rádio e na TV não falam de outra coisa, tentando criar uma sensação de culpa aqueles que se desinteressam pelo dia e não deixando que os mais distraídos se esqueçam de comprar qualquer coisa. Geralmente lá vai a famosa almofada, ou os ursinhos, ou a caneca, ou uma chinesice de última hora antes de entrar em casa.
A ideia com que fico, é que hoje em dia as efemérides são prensadas e ensacadas para serem consumidas como enchidos.

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