segunda-feira, 28 de março de 2011

Portugal x Chile

A selecção nacional de futebol voltou a jogar no estádio Magalhães Pessoa em Leiria. Um jogo particular com a sua congénere do Chile, na noite de Sábado. Mesmo com chuva ainda houve cerca de 11000 almas que se deslocaram a Leiria para ver o jogo.
A federação de futebol também não fez nada para que lá fosse mais gente, antes pelo contrário. Quem é que teria sido o iluminado que, nesta altura do campeonato, resolveu meter os preços dos bilhetes a 10€, 15€ e 30€?
O português gosta de futebol e faz muitas vezes sacrifícios para ver os seus ídolos a jogar, mas tudo tem um limite. Defendo à muito tempo que é preferível meter os preços mais baratos, havia mais assistência e por consequência, um maior apoio à equipa de todos nós. Muitos colegas meus, e eu próprio, comentámos esse facto. Se os preços fossem a 5€, como já aconteceu em anos anteriores, juntava-se a família e ia-se passar a noite de Sábado a ver futebol, mesmo um jogo treino. Mas os pensadores é que sabem o que é melhor, ou não.
Quanto ao jogo em si, foi um bocado fraquinho. A primeira parte ainda teve momentos de bom futebol, com jogadas bem construídas e golos. Um para cada equipa, sendo que o que Portugal sofreu resultou de um livre a meio-campo e onde o Rui Patrício não está isento de culpas.
Já a segunda parte foi um autêntico marasmo, dando razão aqueles que optaram por ficar em casa. As várias substituições cortaram um pouco o ritmo do jogo, mas não justifica a falta de empenho daqueles que entraram. O público pagante merece mais respeito por parte dos jogadores que só têm o estatuto de estrelas e os rendimentos que auferem devido aos espectadores que vão aos estádios.
Gostaria de dizer que amanhã com a Finlândia deverá ser diferente mas não acredito, vai ser outra vez uma seca de jogo. Oxalá me engane.

sábado, 26 de março de 2011

E agora?

Salgueiro Maia quando reuniu as tropas para marcharem sobre Lisboa na Madrugada do dia 25 de Abril de 1974, disse: " Há os estados capitalistas, os estados comunistas e o estado a que este país chegou".
Assim estamos agora passados quase 37 anos dessa data.
Este governo tinha na arrogância o seu principal defeito, pois apesar de errar constantemente nas previsões económicas nunca quis admitir o fracasso. Errar não é defeito, defeito é não assumir o erro. Vamos a ver o próximo.
Não alinho na euforia de muitos dos meus compatriotas. Não por pensar que Sócrates tenha sido um bom 1º ministro, nem nunca votei nele, mas porque não vejo no partido que terá mais hipóteses de ganhar as eleições antecipadas grandes diferenças, nem pequenas, em relação PS.
As eleições nunca são más, nem nunca vêm em má altura, coisa que o PSD demorou ou não o quis perceber. Eu penso que foi mais por interesses mesquinhos do que por outra razão.
Como pessoa leiga mas tentando estar informado, tenho tentado perceber as implicações na economia desta situação politica.
Na ordem do dia, está a intervenção, ou não, do FMI ou do Fundo de Resgate Europeu. Infelizmente muita gente fala mas esclarece pouco. Por aquilo que me apercebo, se calhar não é tão mau como pintam.
Eles emprestam o dinheiro e depois querem vê-lo bem aplicado, para isso tomam várias medidas:
Subida dos impostos. Mas isso não está já a acontecer e com promessa de subirem mais?
Controlo das contas públicas. Isso é mau?
Congelamento de salários. O meu está congelado há uns anos.
Perca de soberania. Qual soberania?
Parafraseando o palhaço Tiririca, “pior do que está não fica”

terça-feira, 22 de março de 2011

O que fazer?

Vivem-se hoje os tempos do vale tudo.
Os nossos governantes, desgovernam o país e ainda têm a lata de nos dizer, que os culpados de o país se afundar será nossa se não aceitarmos com cara alegre o saque que todos os dias fazem à nossa carteira.
Os pretendentes a governantes, estão mais preocupados com os seus umbigos do que com os portugueses, com quem eles dizem estar muito preocupados. Sim, porque se afirmam constantemente que o governo está a levar o país para o abismo, que os ministros são incompetentes, que eles é que sabem o caminho a seguir e, tendo a hipótese de mudar, deixam tudo na mesma, é porque se estão nas tintas para a população.
Os gestores das empresas públicas enchem-se de regalias enquanto cortam nas benesses dos trabalhadores. E ainda vêm dizer, com uma tremenda cara de pau, que para o trabalho que desenvolvem são mal remunerados.
Perante este estado do país, qual o caminho que uma pessoa pode tomar?
Entrar no laxismo e no deixa andar, criticar tudo e todos, fazendo exactamente o mesmo?
Penso que não devo ir por aí. Uma atitude equilibrada será o mais acertado, até porque não posso defraudar as expectativas e esperanças de quem depende de mim (a minha filha) e de quem comigo partilha a aventura da vida.
A empresa onde trabalho está com um volume de trabalho elevado, o mesmo não aconteceu no primeiro semestre de 2010, e é-nos “pedido” para fazer horas extras. Apesar de a remuneração dessas horas não ser o que a lei exige, eu tenho que as fazer. Por um lado, para tentar não baixar mais ainda o nosso nível de vida, porque os rendimentos diminuíram mas os custos gerais aumentaram sobremaneira. Por outro lado, é daqui que eu levo o meu ordenado e se os prazos não forem cumpridos entra-se numa espiral de decadência da empresa. Não posso também, deixar na mão, um empresário que durante o tempo em que não havia trabalho nunca faltou com o ordenado a tempo e horas. É o único, ente os dirigentes, que me merece respeito.
Atitude crítica mas construtiva, é o caminho a seguir para erguer o país.
Pronto, já tive mais uma dose de mentalização para o longo mês que se avizinha.

domingo, 13 de março de 2011

Um presidente da república é menos importante que um referendo?

Foi empossado no passado dia 9 para um segundo mandato na presidência da república portuguesa, o cidadão Anibal Cavaco Silva. Foi o vencedor das eleições realizadas no dia 23 de Janeiro com 52.94% dos votos. Segundo a lei eleitoral, um candidato que obtenha 50% dos votos +1, é eleito à primeira volta. Tem lógica, se consegue mais votos que todos os outros candidatos juntos, deve ser declarado vencedor.
Logo aqui, há uma questão com a qual eu não concordo, é que os votos em branco não entram para estas contas. Mas se um cidadão/ã se desloca a uma mesa de voto para exercer o seu dever cívico e diz que não quer nenhuma das opções que lhe são apresentadas, qual a razão para a sua opinião não ser levada em conta?
Para além disso, tal como já tinha acontecido aquando das eleições em que Jorge Sampaio foi eleito para um segundo mandato, a abstenção ultrapassou os 50%, mais precisamente 53.7%. Mas o resultado contou na mesma.
No entanto, há votações que só são vinculativas, ou seja, só têm força de lei se a abstenção for inferior a 50%. É o caso dos referendos, não importando a matéria a referendar ou se é local, regional ou nacional.
Isto quer dizer que é mais importante uma votação para decidir se um polidesportivo pode ser construído nas traseiras do salão paroquial, como aconteceu em 1999, em Viana do Castelo, ou se, como o que realizou em Tavira também em 1999, se deve ou não demolir um reservatório de água, do que a eleição do mais alto magistrado da nação.
Vamos ter assim, um presidente relativo e não vinculativo nos próximos 5 anos.
É este o país que temos!!!!!

terça-feira, 8 de março de 2011

Os Homens da Luta e o festival da canção

Este ano, todo um Portugal viu o festival da canção que a RTP organiza todos os anos. Pelo menos é o que eu depreendo das reacções que fui ouvindo e lendo nos diversos lugares. Eu não vi, por isso só posso falar sobre os ditos e os escritos que os jornais, as TVs e as rádios publicaram.
Desde logo fico com a impressão que este FC (Festival da Canção) vai, ao contrário, dos últimos anos, ficar na memória das pessoas. Quem é que se lembra do nome do vencedor do último ano, e do anterior, e do outro antes, e,e,e,e, ninguém. Quer dizer, os que o ganharam não se vão esquecer, mas pouco mais.
Tivemos também, mais, uma prova de que a democracia é uma prática (mais do que uma palavra) a que muitos portugueses ainda não se habituaram. Abandonar a sala onde se realizava o FC a assobiar e a barafustar só porque não foi o nosso preferido que ganhou, revela a inveja e a falta de cultura democrática dessas pessoas.
Provou-se mais uma vez que quando “o povo, pá” é chamado a pronunciar-se sobre alguma matéria, os “especialistas” saem sempre com um grande melão. Seja por revolta, por diferença de opinião ou por teimosia, “o povo, pá” mostra que sabe e quer ser ele a decidir os destinos. Para o bem e para o mal.
É vê-los, aos “especialistas e comentadores”, virem no outro dia, ainda cheios de azia, chamar todos os nomes aos portugueses que tiveram a ousadia de ter opinião. Deve ser de terem ouvido os pais a criticar quando a Simone ganhou com a Desfolhada, ou quando o Fernando Tordo venceu com A Tourada.
Pior figura do aquela que temos feito ao longo destes anos deve ser difícil e pelo menos a RTP já garantiu uma grande audiência quando se realizar o FC a nível europeu, este ano será em Dusseldorf na Alemanha, eu pelo menos vou voltar aos tempos de criança e ficar a vê-lo.
Dá-lhe Falâncio.........