quinta-feira, 23 de junho de 2011

Convivio do 10 de Junho da CTMG

Como tem sido hábito nestes últimos 8 anos, alguns dos tramagalenses radicados na Marinha Grande, reuniram-se, no dia 10 deste mês, para um dia de convívio.
Este ano, contámos novamente com o presidente da junta de freguesia do Tramagal e, pela primeira vez, com um representante da junta de freguesia da Marinha Grande. A secretária, em virtude do presidente já ter outro compromisso.
O dia 10 foi escolhido por ser o dia de Portugal e das Comunidades. Uma comunidade, é um conjunto de pessoas com algo em comum, no nosso caso, o sermos oriundos de Tramagal.
Se nos primeiros anos o entusiasmo e a participação eram grandes, temos registado um cada vez menor número de participantes. Este ano então, se não fossem os familiares e amigos “estrangeiros”, teríamos sido pouco mais de 20.
Esta situação faz com que entre num ciclo vicioso. Como são quase sempre os mesmos, não há diversificação nas comissões encarregues de organizar o convívio seguinte. Consequência disso, o que devia ser um encontro abrangente da CTMG, mais de uma centena, tem se vindo a tornar num encontro de quatro ou cinco famílias.
Não é fácil dar a volta a isto, cada vez mais as pessoas tendem a não sair das suas rotinas. Os que nunca foram, poderão sentir-se, passados estes anos, um pouco à parte. “Nunca fui e agora apareço lá após estes anos”, é uma expressão que eu já ouvi de alguém, quando lhe perguntei o porquê de não ir. Pode ser uma desculpa, mas também poderá haver esse sentimento.
Teremos todos, comissão e os restantes, de fazer um esforço para sensibilizarmos os demais membros da CTMG a comparecerem aos encontros.
Dinamizar um pouco o dia talvez seja também uma forma de cativar mais tramagalenses. Um passeio de bicicleta, ou pedestre, matinal. Um jogo de futebol. Uma visita ao museu do vidro, onde muitos (inclusive eu) ainda não foram. Ou outras iniciativas poderão ajudar.
Da minha parte haverá sempre, sendo ou não da comissão organizadora, disponibilidade para ajudar.
A minha presença estará sempre garantida, salvo por motivos de força maior.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Viragem à direita

No Domingo, a maioria dos portugueses e portuguesas com mais de 18 anos, escolheram ser governados por entidades exteriores e dar a maioria a uma coligação PSD/CDS.
Em democracia é assim, quem tem a maioria dos votos, governa. Não concordo com a escolha dos meus compatriotas, mas aceito-a democraticamente.
No entanto, tenho alguns considerandos a fazer.
Em conversa com alguns colegas de trabalho, fiquei deveras surpreendido por eles terem votado PSD. Passam a vida a dizer que cada vez pagam mais pelos medicamentos, que já estão cansados de trabalhar e não vêm a hora da reforma, que os filhos não conseguem estar muito tempo num emprego (porque os patrões não querem fazer contratos sem termo) e depois vão votar num partido que afirmou que tem de haver uma maior flexibilização laboral, que as rescisões dos contratos têm de ser mais simples e menos onerosas para o patronato. Que a idade da reforma tem de aumentar 2 ou 3 anos. Que a comparticipação do estado na saúde tem de baixar.
Também fiquei surpreso com a votação na Marinha Grande, num concelho em que cada vez se trabalha mais por menos dinheiro, situação imposta pelos patrões, e onde há uma grande fatia dos trabalhadores que são temporários, o PSD ficou em segundo lugar.
Teria sempre de haver sacrifícios para quase todos nós, fruto da desgovernação dos últimos anos. Mas uma situação é haver uma implementação de medidas com uma oposição forte e que consiga travar, ou suavizar, algumas. Outra, a existente, é o país ser entregue a partidos que defendem a liberalização da economia e a privatização de áreas onde o estado é o garante de uma maior equidade nos serviços prestados.
Estou muito pessimista quanto ao futuro imediato da classe média, onde me incluo, mas a única opção que tenho é seguir em frente e procurar formas de ultrapassar a situação, por mim e pela minha família.
Ninguém se vai preocupar comigo, se consigo pagar a casa, os estudos da minha filha ou os nossos medicamentos. Por isso, a partir de agora é cada um por si.
Não atropelo ninguém mas não vou permitir que me atropelem a mim e aos meus.
Amigos amigos, mas cada um que zele pelos seus.

domingo, 5 de junho de 2011

Dia do juizo

Hoje, 5 de Junho de 2011, é dia de votar.
Quem quiser, é claro. Não sou como o sr. Silva que veio ameaçar com o inferno, aqueles que em consciência, ou simplesmente por não lhes apetecer, decidam não pôr os pés numa assembleia de voto.
Se querem eliminar a abstenção, façam como em muitos países e tornem o voto obrigatório. Não que  eu concorde com essa lei, mas também não ando a dizer que as pessoas têm de votar. As pessoas podem fazer o que a lei lhes permite.
As principais opções não me agradam.
O PS, com José Sócrates na liderança, é mais do mesmo. Uma rebaldaria total de ideias que vão mudando ao sabor dos interesses de ocasião. Um troca tintas que é capaz de afirmar que não foi ele que disse o que disse mas sim que os outros é que disseram o que ele nunca disse. Brrrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!
O PSD, com Pedro Passos Coelho (o homem de Massamá), é um aspirante a PS. Querem é chegar ao poder a qualquer custo. Quem sabe para fazer o mesmo que da última vez que lá estiveram e conseguirem um lugar europeu para o líder abandonar o país. Ideias, ZERO.
O CDS/PP, de Paulo Portas, é como o nome indica um partido popular. Ou seja, interessa é ser popular. Na feira é feirante, no campo é agricultor, no mar é pescador, na banca é banqueiro. Quer é mama, sem se importar com o parceiro na teta.
O PCP (CDU), com o "metalúrgico" Jerónimo de Sousa, é o mesmo de sempre. Embora reconheça justeza nas suas convicções penso que já não estão em sintonia com os tempos que correm.
O BE, liderado por Francisco Louçã, tem-me desiludido. Foi uma lufada de ar fresco na politica portuguesa mas tem-se institucionalizando.com o passar das legislatura. Mesmo assim é aquele com que mais me identifico, tirando a parte dos funcionários públicos.
Todos os outros que só emergem quando há eleições não me dizem nada.
Existe a hipótese de votar em branco, o que considerei seriamente. Mas penso que o importante será dar força àqueles com quem me identifico mais.
Por isso já decidi e vou continuar a votar no BE.
Logo à noite se verá o que o povo lusitano escolheu, para o bem e para o mal.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Greve na CP e na TAP

"Greve da CP pára comboios em quase todo o país esta segunda-feira"

Greve na TAP ameaça deixar em terra 320 mil passageiros 

                           

Por princípio sou favorável ao uso do direito à greve como forma de pressão sobre as administrações das empresas na luta por melhores condições.
Existem no entanto situações em que o bom senso e a consciência geral devem prevalecer sobre os interesses corporativos.
Serve isto para dizer que não compreendo a atitude dos trabalhadores destas duas empresas. Duas, das que mais prejuízo têm anualmente e continuadamente.
Não querer abdicar de algumas regalias, monetárias ou outras, no contexto em que o país está, é olhar só para o seu umbigo.
No sector privado estas duas empresas já tinham fechado portas há muitos anos. Concordo, que os transportes têm de ter uma vertente pública, e o apoio do estado, dada a sua especificidade.
Só que há boleia dessa vertente estratégica, acumularam regalias que ajudaram a criar um enorme buraco financeiro.
Falo mais da CP, com conhecimento de causa. Durante anos, um tio meu trabalhou na CP, mais tarde foram dois, e em casa dos meus avós toda a gente tinha direito a andar milhares de quilómetros (salvo erro 4000) sem pagar um centavo. Era usual numa carruagem cheia, só meia-dúzia de pessoas pagarem bilhete.
Podem argumentar que os dirigentes das empresas têm ordenados chorudos, então denunciem esse facto constantemente. Ao afundar ainda mais, empresas que são sorvedoras dos dinheiros públicos, é prejudicar todos os contribuintes.
Eu também tive cortes no vencimento em mais de 10%. Tive de me adaptar e reformular o meu estilo de vida, mas sem prejudicar os outros. E mais estou no sector privado.
À boa maneira portuguesa, achamos que toda a gente deve ajudar o país a sair desta situação. Desde que não mexam no meu bolso.

NÃO PODE SER.