terça-feira, 26 de abril de 2011

Até um dia Pirica

Na semana que passou, mais um dos meus colegas de juventude partiu deste mundo.
As circunstâncias da vida fizeram com que há alguns anos que não se encontrássemos. No entanto fui tendo notícias dele através de amigos comuns com quem falava nas minhas idas a Tramagal.
As várias doenças foram-no debilitando cada vez mais e o seu sofrimento era atroz, ao ponto de a mãe me dizer que assim deixou de sofrer. Para uma mãe dizer isto é preciso que as dores da vida sejam inimaginaveis. 
Recordo as tardes passadas a esculpir madeira e a fazer outro tipo de artesanato que depois tentávamos vender e assim conseguir algum dinheiro para umas cervejas.
As tardes e as noites a ouvirmos música no meu gravador.
Aquele Verão, quando fomos trabalhar para a adega de Tramagal.
As discussões noite dentro.
As maluqueiras próprias da idade.
Tudo isto, e muito mais, tem passado pela minha cabeça desde que recebi a triste noticia.
O meu coração sangra enquanto escrevo estas palavras, mas não quis deixar de prestar esta homenagem a alguém que partilhou uma fase importante da minha vida. 

Despeço-me de ti com um até um dia, ficarás para sempre na minha memória.

Asta la vista, PIRICA.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jogos de infãncia


Este fim de semana tive mais um regresso ao passado quando fui a Tramagal e em casa dos meus sogros estavam dois conjuntos de um jogo de bolas que eu jogava na infância.
Muitas vezes os pulsos abertos, as mãos cheias de nódoas negras e as norsas esfoladas.
Mas eram tardes inteiras de divertimento e convivio entre amigos para ver quem conseguia estar mais tempo a bater as bolas.
Não me lembro é do nome do jogo, acho que lhe chamava-mos simplesmente "as bolas"

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Fernando pouco Nobre

Fui ontem surpreendido pela noticia que dava conta da integração de Fernando "pouco" Nobre nas listas do PSD à Assembleia da República.
E eu que estive quase a votar nele para a Presidência da República, as voltas que o meu intestino não estaria agora a dar, tal a revolta.
Então o homem apoia Mário Soares nas eleições de 2005, apoia o BE para as europeias, candidata-se como independente a presidente de Portugal, define-se como apartidário, disse à cerca de um mês que não aceitaria cargos partidários ou governativos, e agora, não só concorre pelo PSD, como é cabeça de lista e candidato a presidente da assembleia da república.
De nobre só tem o nome.
Como estarão muitos daqueles que viam nele uma pessoa que poderia trazer uma lufada de ar fresco ao podre mundo da política? Se fosse eu estaria possesso.

Como diria o outro: carneiro amigo, andamos todos ao mesmo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Adeus ao futebol

Foi encontrado no Domingo, o novo campeão da Liga de Futebol Profissional, o FCPorto.
Se acerca de um ano andava todo contente por ter sido o meu clube, o SLBenfica, a conquistá-lo, este ano serão os adeptos do FCP a fazer a festa.
Tudo normal, não fosse o estado de guerrilha que se instalou no futebol português, não em todo, como é lógico, mas no mais mediático.
O estado a que a rivalidade, que devia ser saudável, entre o SLB e o FCP chegou, ultrapassa todos os limites do razoável.
Apedrejamentos a autocarros, actos de vandalismo a “casas” dos clubes noutras cidades, batalhas campais entre adeptos, entre outras coisas, são actos que eu repudio e que em nada dignificam o futebol, os clubes e o país.
Quanto a mim, os principais responsáveis são os dirigentes dos dois clubes. Sabendo que a tribo do futebol por norma é fanática e cegamente dedicada ao seu clube, não se privam de alimentar picardias com comunicados e declarações que só servem para atear uma fogueira já de si explosiva.
Também a comunicação social tem as suas responsabilidades. Para ganharem audiências não têm problemas em repetir vezes sem conta, uma jogada ou uma situação mais dúbia, em vez de enaltecer as boas jogadas e, o objectivo último do futebol, os golos.
Por ultimo, e como não podia deixar de ser, os seguidores do futebol, que descarregam as suas frustrações em cada jogo que assistem. Chamando nomes aos árbitros, aos jogadores contrários, e aos da própria equipa, e não se cansando de provocar os adeptos contrários.
Claro que também já chamei nomes aos árbitros e também já entrei na histeria colectiva de uma massa de adeptos, no entanto tenho os meus limites e cheguei à conclusão que o meu chegou.
Estou farto, para mim o futebol em Portugal deixou de ter interesse. Enquanto existir esta este clima de crispação extrema entre os dirigentes, não vou ligar mais a este desporto que certas pessoas querem transformar numa guerra.
Espero que não seja preciso morrer ninguém para que os responsáveis, todos, metam a mão na consciência.
EU, ESTOU FORA.