Parece que cada paragem no blog, dura cerca de dois anos, o recomeço está para breve. Até já
Bico dos Cascalhos
A minha maneira de ver o mundo
sábado, 23 de maio de 2015
terça-feira, 5 de março de 2013
Tristeza
Estou triste.
Olho em redor e vejo pessoas do meu país a criticarem tudo e todos, mas a nada fazerem para que a situação mude. O que mais me custa ouvir é a frase, " não vale a pena". Vale sempre a pena. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena, já dizia Fernando Pessoa
Estou triste.
Ouço e leio, que pessoas que durante anos trabalharam com ordenados baixos, tendo que os complementar com outro trabalho, com o amanho de pequenas hortas ou/e com a criação de animais para consumir, são os responsáveis pela situação a que o país chegou. Eles, que têm reformas que não chegam (em muitos casos) a 1000€. Na segurança social, cerca de 88% recebe menos de 600€ ( fonte: Dinheiro Vivo). No entanto nada dizem sobre os que (des)governaram o pais e hoje recebem, esses sim, reformas chorudas.
Estou triste.
Vejo os jovens, principalmente pré-universitários, sem interesse por reivindicar uma maior atenção sobre o seu futuro. E sei do que falo.
Estou triste.
Vejo e ouço na comunicação social aqueles que durante anos tiveram responsabilidades no país, esses sim, sacudirem a água do capote perante a passividade de quem devia, por dever de profissão encostá-los à parede e confrontá-los com os seus actos.
Estou triste, mas não derrotado.
Seria mais fácil desistir, deixar andar, assobiar para o lado.
O fogo ainda não me queimou, qual a razão de andar com baldes de água?
Porque não consigo estar sentado na varanda enquanto a casa dos outros está a arder.
Olho em redor e vejo pessoas do meu país a criticarem tudo e todos, mas a nada fazerem para que a situação mude. O que mais me custa ouvir é a frase, " não vale a pena". Vale sempre a pena. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena, já dizia Fernando Pessoa
Estou triste.
Ouço e leio, que pessoas que durante anos trabalharam com ordenados baixos, tendo que os complementar com outro trabalho, com o amanho de pequenas hortas ou/e com a criação de animais para consumir, são os responsáveis pela situação a que o país chegou. Eles, que têm reformas que não chegam (em muitos casos) a 1000€. Na segurança social, cerca de 88% recebe menos de 600€ ( fonte: Dinheiro Vivo). No entanto nada dizem sobre os que (des)governaram o pais e hoje recebem, esses sim, reformas chorudas.
Estou triste.
Vejo os jovens, principalmente pré-universitários, sem interesse por reivindicar uma maior atenção sobre o seu futuro. E sei do que falo.
Estou triste.
Vejo e ouço na comunicação social aqueles que durante anos tiveram responsabilidades no país, esses sim, sacudirem a água do capote perante a passividade de quem devia, por dever de profissão encostá-los à parede e confrontá-los com os seus actos.
Estou triste, mas não derrotado.
Seria mais fácil desistir, deixar andar, assobiar para o lado.
O fogo ainda não me queimou, qual a razão de andar com baldes de água?
Porque não consigo estar sentado na varanda enquanto a casa dos outros está a arder.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
O Coelho
Quando no dia 7 de Setembro ouvi o primeiro ministro falar sobre as alterações à Taxa Social Única, o meu primeiro pensamento foi: "Este gajo está maluco".
Numa altura em que a grande maioria das pessoas está com a corda na garganta, vem este tipo fazer com que os trabalhadores financiem as empresas onde trabalham.
Como não sou, nem tenho pretensões a isso, economista, ainda pensei que fosse mais uma "economissice" das grandes teorias projectadas nos congressos de economia.
Mas não, afinal era mesmo um ataque ao bolso dos trabalhadores dependentes. Uma medida que não agrada a nenhum sector da sociedade (trabalhadores, patrões, sindicatos, economistas, ex-ministros, actuais ministros, etc, etc).
Temos um primeiro-ministro deslumbrado por ter conseguido realizar o sonho de criança.Cego, surdo e mudo a tudo e a todos que não esteja de acordo com a sua cartilha ideológica, se é que tem alguma.
Tão deslumbrado está consigo, que nem se deu conta do terramoto que provocou com as declarações proferidas antes de um jogo de futebol.Indo a seguir bater palmas e cantar a Nini num concerto do Paulo Carvalho.
Neste ponto tenho de criticar os portugueses que estavam nesse espectáculo. Como é que é possível que depois de terem ouvido que iam ser espoliados de grande parte dos seus vencimentos deixem que aquela pessoa assista tranquilamente ao concerto. Só num país de bananas.
Esta imagem nunca seria possível num país com homens e mulheres. Os presentes na sala, seriam humilhados desta maneira.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
15 de Setembro
No Sábado passado, dia 15 de Setembro, voltei a participar no que eu pensava não mais ser necessário.
Participar numa manifestação de rua contra as políticas de um governo.
Nunca tive nada contra as manifestações, cada pessoa deve protestar da maneira que entende contra o que considere lesar a sua vida. No entanto, ao longo dos anos o corporativismo tomou conta dos protestos e muitas vezes à boleia de certas injustiças, transformavam-nas em tentativas de ganho próprio.
Eu, como espírito livre que tenho a pretensão de ser, não gosto de me sentir amarrado a situações com as quais não concordo, só por pertencer a determinado partido ou organização.
No entanto está na hora de dizer BASTA a este governo e à sua tentativa de empobrecer a classe média e assim dominar todo um povo.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
9º encontro da CTMG
No passado dia 10 de Junho, a Comunidade Tramagalense da Marinha Grande realizou o seu encontro anual. Já vamos no 9º.
Apesar da ameaça de chuva, desta vez os meteorologistas acertaram e a partir das 10.30 já não choveu.
Não foram muitos os que disseram presente, entre esses que estiveram é de agradecer àqueles que se deslocaram de Tramagal para conviver com familiares e amigos.
Não se pode obrigar as pessoas a comparecerem, longe de mim tal ideia, e verdade se diga que é melhor serem poucos e voluntariamente participativos, do que muitos com ar de frete e entediados todo o dia.
Não deixa contudo de ser curioso que muitos dos que defendem as tradições e o "dantes é que era", sejam os primeiros a primar pela ausência.
Para o ano haverá mais. E como é usual dizer-se, só faz falta quem está.
Apesar da ameaça de chuva, desta vez os meteorologistas acertaram e a partir das 10.30 já não choveu.
Não foram muitos os que disseram presente, entre esses que estiveram é de agradecer àqueles que se deslocaram de Tramagal para conviver com familiares e amigos.
Não se pode obrigar as pessoas a comparecerem, longe de mim tal ideia, e verdade se diga que é melhor serem poucos e voluntariamente participativos, do que muitos com ar de frete e entediados todo o dia.
Não deixa contudo de ser curioso que muitos dos que defendem as tradições e o "dantes é que era", sejam os primeiros a primar pela ausência.
Para o ano haverá mais. E como é usual dizer-se, só faz falta quem está.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
O nome das coisas
Por dever de consciência e para tentar perceber o que se passa nestes tempos, ditos modernos mas que nos retrocedem em termos civilizacionais umas décadas, tenho-me aguentado estoicamente a ouvir as doutas opiniões que os doutos senhores debitam, pagos a peso de ouro.
Acho interessante a desresponsabilização que estes doutos senhores se esforçam por fazer passar.
Os culpados de nós ficarmos com menos dinheiro cada vez que passamos a porta de um instituição bancária devido ás mais variadas taxas, não são dos bancos ( entidades criadas por seres humanos), mas sim dos banqueiros. Sim, os banqueiros são seres humanos que na sua actividade usam o dinheiro dos outros para ganharem o deles, e muito. São eles que decidem cobrar taxas por todo e qualquer tipo de serviço que nos prestam. São eles que aos poucos foram minando a economia de maneira a que tudo gire à volta dos dinheiros e não das pessoas.
Outra dos medos que os comentadores económico/políticos têm é o de dizer que os mercados financeiros são geridos e influenciados por seres humanos, que têm nome. Não é um computador qualquer que influência a vida de milhões de pessoas. Não, são homens e mulheres, a maior parte das vezes banqueiros, que jogam com a vida dos países e dos seus habitantes com o único propósito de aumentar desmesuradamente os seus lucros.
Como eu costumo dizer, não houve nenhum incêndio na casa da moeda, portanto o dinheiro em circulação é o mesmo. Está é concentrado em cada vez menos pessoas.
Acho interessante a desresponsabilização que estes doutos senhores se esforçam por fazer passar.
Os culpados de nós ficarmos com menos dinheiro cada vez que passamos a porta de um instituição bancária devido ás mais variadas taxas, não são dos bancos ( entidades criadas por seres humanos), mas sim dos banqueiros. Sim, os banqueiros são seres humanos que na sua actividade usam o dinheiro dos outros para ganharem o deles, e muito. São eles que decidem cobrar taxas por todo e qualquer tipo de serviço que nos prestam. São eles que aos poucos foram minando a economia de maneira a que tudo gire à volta dos dinheiros e não das pessoas.
Outra dos medos que os comentadores económico/políticos têm é o de dizer que os mercados financeiros são geridos e influenciados por seres humanos, que têm nome. Não é um computador qualquer que influência a vida de milhões de pessoas. Não, são homens e mulheres, a maior parte das vezes banqueiros, que jogam com a vida dos países e dos seus habitantes com o único propósito de aumentar desmesuradamente os seus lucros.
Como eu costumo dizer, não houve nenhum incêndio na casa da moeda, portanto o dinheiro em circulação é o mesmo. Está é concentrado em cada vez menos pessoas.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Futebol e a feira das vaidades
Estou perplexo, ou não, com as noticias que leio e ouço;o sobre o que gira em torno do futebol, fora das quatro linhas
Analisemos:
A UDLeiria SAD, portanto a empresa que gere o futebol profissional do clube UDLeiria, não paga aos seus profissionais à vários meses. Aliás, eles não pagam a ninguém faz algum tempo.Que o diga a agência de viagens Fátima Expresso (que reclama cerca de 150 000€), ou a empresa de Braga que instalou o relvado no campo do ACM (contra partida pelo fato de a CM Marinha Grande ter cedido o estádio municipal) e que espera ainda por 91 000€ dos 130 000€ da obra, ou os vários jogadores de anos anteriores que reclama o pagamento de milhares de euros.
Mas não é só o Leiria. Guimarães, Setúbal, Belenenses, Freamunde, Leixões, são outros dos que não conseguem cumprir as suas obrigações para com os profissionais do clube.
Por outro lado, verifica-se que do 10° lugar para baixo, excepto o Beira-Mar e a Académica, a média de espectadores não chega aos 3 000. Inclusivamente, o Nacional (7°) não chega aos 2 000. Se tirarmos os familiares dos jogadores, as pessoas que tem os mais diversos cartões e os que entram com bilhetes oferecidos, temos um numero insignificante de pagantes em cada jogo. Basta ver as deploráveis imagens que nos chegam nos resumos televisivos. Verdade se diga que a qualidade do futebol na maior parte dos jogos merece mais que se receba do que se pague para estar ali 90 minutos.
No entanto, e surpreendentemente para mim, alguns senhores do futebol resolveram que a melhor solução seria aumentar o numero de clubes na primeira liga. Para que, pergunto eu. Para que se arrastem mais equipas num longo campeonato, esperando que chegue o dia em que recebem um dos três grandes e assim fazerem alguma receita? Para que os salários em atraso sejam ainda mais a regra?
Não acredito que o melhor caminho seja esse. Para mim, e já algum tempo que penso assim, o campeonato deveria ter menos equipas, 14 ou ate mesmo 12. Disputando-se depois uma pool final para apuramento do campeão. Se resulta noutras modalidades, porque não no futebol?
Felizmente, parece que a absurda ideia não vai avante, tendo sido travada, novamente, pela FPF.
Como já muitos disseram, o problema do futebol português é todos os intervenientes no futebol evoluiram, excepto os dirigentes.
Analisemos:
A UDLeiria SAD, portanto a empresa que gere o futebol profissional do clube UDLeiria, não paga aos seus profissionais à vários meses. Aliás, eles não pagam a ninguém faz algum tempo.Que o diga a agência de viagens Fátima Expresso (que reclama cerca de 150 000€), ou a empresa de Braga que instalou o relvado no campo do ACM (contra partida pelo fato de a CM Marinha Grande ter cedido o estádio municipal) e que espera ainda por 91 000€ dos 130 000€ da obra, ou os vários jogadores de anos anteriores que reclama o pagamento de milhares de euros.
Mas não é só o Leiria. Guimarães, Setúbal, Belenenses, Freamunde, Leixões, são outros dos que não conseguem cumprir as suas obrigações para com os profissionais do clube.
Por outro lado, verifica-se que do 10° lugar para baixo, excepto o Beira-Mar e a Académica, a média de espectadores não chega aos 3 000. Inclusivamente, o Nacional (7°) não chega aos 2 000. Se tirarmos os familiares dos jogadores, as pessoas que tem os mais diversos cartões e os que entram com bilhetes oferecidos, temos um numero insignificante de pagantes em cada jogo. Basta ver as deploráveis imagens que nos chegam nos resumos televisivos. Verdade se diga que a qualidade do futebol na maior parte dos jogos merece mais que se receba do que se pague para estar ali 90 minutos.
No entanto, e surpreendentemente para mim, alguns senhores do futebol resolveram que a melhor solução seria aumentar o numero de clubes na primeira liga. Para que, pergunto eu. Para que se arrastem mais equipas num longo campeonato, esperando que chegue o dia em que recebem um dos três grandes e assim fazerem alguma receita? Para que os salários em atraso sejam ainda mais a regra?
Não acredito que o melhor caminho seja esse. Para mim, e já algum tempo que penso assim, o campeonato deveria ter menos equipas, 14 ou ate mesmo 12. Disputando-se depois uma pool final para apuramento do campeão. Se resulta noutras modalidades, porque não no futebol?
Felizmente, parece que a absurda ideia não vai avante, tendo sido travada, novamente, pela FPF.
Como já muitos disseram, o problema do futebol português é todos os intervenientes no futebol evoluiram, excepto os dirigentes.
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